Ladrão você é uma “alma sebosa”
E 17 de novembro de 2020 – Redação
Hoje (17), com um misto de indignação, raiva e muito pesar, o Blog do Candango resolveu escrever sobre o que seria uma “alma sebosa”, diante da divulgação sobre a morte do policial militar Walisson Holanda Fernandes, 28 anos, quando estava de folga, na noite dessa segunda-feira (16/11). Ele foi atingido no peito após reagir a uma tentativa de assalto na porta de sua casa. O crime ocorreu por volta das 19h30, na QNP 17, conjunto B, em Ceilândia. Ele foi ferido e levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), inconsciente e em estado grave, mas não resistiu e morreu alguns minutos depois de dar entrada na unidade hospitalar.
Tiramos do site do wikicionário a seguinte definição para alma sebosa: “Locução Substantiva – alma sebosa, feminino – (Regionalismo, Brasil, Pernambuco, Recife): mau elemento, pessoa nociva à sociedade, por exemplo, um ladrão, um estelionatário.”
Você deve estar pensando, isso é uma expressão, uma arma secreta da mídia, entre tantas outras, uma força de penetração popular preocupante. Mais a pergunta que deveria ser feita seria: Como ficaria a “alma” do ofendido?
A junção das duas palavras “alma” e “sebosa”, para a maioria das religiões, ou seja, no seu sentido teológico e mesmo filosófico, é algo que representa a pureza. Alma é a essência do ser, aquilo que o anima, que o faz ser. Quando é acrescentado o adjetivo “sebosa”, a alma é contaminada em sua própria existência, em sua própria essência. Mas uma essência não pode ser alterada, ou deixará de ser essência. E ladrões, bem como latrocidas como foi o caso dos assassinos do policial são sim, em sua essência “almas sebosas”.
Então, que neste momento de dor para a família do falecido, para todos os policiais militares que hoje se encontram de luto e para a sociedade, que torcem para o bem vencer o mal, lembremos o versículo bíblico em João 10:10: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente”.
E que essas “almas sebosas” apodreçam na cadeia, apesar das nossas leis, principalmente para os menores de idade serem totalmente benéficas, o que é uma pena, ou melhor, não é uma “pena”.