Novo? Só Se For No Nome
Com Sebastião Coelho acertado e Paula Belmonte no radar, o Partido Novo aposta na fórmula: conservadorismo, polêmica e estratégia eleitoral sem máculas dos protagonistas
Em 27 de maio de 2025 – Redação
O Partido Novo, conhecido por sua proposta de gestão técnica, discursos sobre eficiência pública e um certo ar de neutralidade ideológica, parece estar pronto para um plot twist em sua narrativa no Distrito Federal. As mais novas peças no tabuleiro: o ex-desembargador Sebastião Coelho já me parece confirmado e a deputada distrital Paula Belmonte no radar.
Sebastião Coelho, alagoano de Santana do Ipanema, fez carreira no Judiciário do DF desde 1991, quando ingressou como juiz substituto. Passou pela Vara Criminal, Auditoria Militar, Execuções Penais e foi eleito desembargador do TJDFT. Mas sua fama extrapolou o ambiente jurídico quando passou a protagonizar embates públicos com o STF, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes — a quem, inclusive, já pediu a prisão (sim, você leu certo).
Desde que se aposentou em 2022, Coelho tem se destacado não por sua discrição jurídica, mas por sua veemência política. Discursos inflamados, críticas abertas ao Judiciário e envolvimento com grupos bolsonaristas o colocaram como figura central entre os defensores dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Recentemente, protagonizou uma cena digna de série política: foi detido durante uma sessão do STF enquanto Moraes lia relatório sobre Jair Bolsonaro. Coincidência? Marketing? A depender de quem analisa, as opiniões se dividem.
Partido Novo: agora com sabor Direita Raiz
E eis que o Partido Novo, aquele que já tentou se firmar como alternativa racional entre extremos, surge disposto a abrigar Sebastião Coelho como pré-candidato ao Senado pelo DF. Um movimento ousado para um partido que sempre cultivou a imagem de “nem esquerda, nem direita — só gestão”.
Nos bastidores, a leitura é clara: com o avanço da direita ideológica e a força do bolsonarismo no Distrito Federal, o Novo quer — e precisa — de nomes que aglutinem essa base. Coelho, com seu histórico de embates contra o STF e apoio de setores conservadores, se encaixa como uma luva… ainda que essa luva não combine muito com o figurino original do partido.
Paula Belmonte: o outro pilar da estratégia
Mas a investida do Novo vai além. O partido também busca a filiação da deputada dsitrital Paula Belmonte, nome conhecido do eleitorado brasiliense, para disputar o Governo do DF. Belmonte, que já transitou com desenvoltura entre pautas liberais e conservadoras, representa uma tentativa de ampliar a capilaridade do Novo entre os eleitores de centro-direita — e dar um verniz de gestão a uma candidatura com forte apelo ideológico, embora Paula transite com sua personalidade e trabalho em todas as esferas políticas.
Juntos, Sebastião Coelho e Paula Belmonte formam a dupla que pode transformar radicalmente a imagem do Partido Novo na capital federal. A pergunta que paira é: o partido está mesmo pronto para abandonar seu discurso técnico em troca da popularidade destes dois protagonistas?
Um olho no Senado, outro no Buriti
Com um DF majoritariamente conservador, os movimentos do Novo não são ingênuos. A presença de Coelho no Senado e Belmonte no Palácio do Buriti em 2027 seria a consagração de um reposicionamento estratégico, que pode tanto impulsionar o partido quanto alienar seus eleitores mais “originais”.
Por enquanto, nenhuma pesquisa de opinião mostra Sebastião Coelho entre os principais nomes para o Senado. Mas, como se sabe, eleição é maratona — e não pesquisa de largada, Belmonte já pontua nas pesquisas e ainda nem colocou o carro na rua, como se diz na política.
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Afinal, em tempos de política-espetáculo, os stories dizem tanto quanto os palanques. Paula conta com mais de 447 mil seguidores e Sebastião com mais de 671 mil, isto apenas falando do Instagram.