Tirar a saúde da PMDF da UTI: Um grande desafio ao novo comandante

Em 05 de Abril de 2021 – 08h56 – Redação

Com a ascensão ao comando geral da bicentenária Polícia Militar do Distrito Federal – PMDF, o coronel Márcio Cavalcante de Vasconcelos tem em seus grandes desafios o de tirar da UTI (claro, é uma metáfora) a saúde da sua corporação.

Ao Blog do Candango, chega exaustivamente todos os dias pelas Redes Sociais, imagens de Policiais Militares vítimas da Covid-19, muitos deles que encontravam-se internados no único hospital disponível Pronto-Socorro para a família, o Maria Auxiliadora, na cidade satélite do Gama/DF.

A indignação dos Policiais Militares é latente com o Hospital Maria Auxiliadora, prints chamam o nosocômio de necrotério de PMs, o Blog do Candango, entende que devido a somente este hospital atender os policiais é natural que óbitos de componentes da caserna aconteçam por lá.

Foto WhatSapp

Em uma pequena pesquisa ao site do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, pode-se verificar que a instituição militar têm para atendimento dos bombeiros e seus familiares para Pronto Socorro os seguintes nosocômios: Hospital Anchieta em Taguatinga Norte, Hospital Daher no Lago Sul, Hospital Maria Auxiliadora no Gama (o mesmo da PMDF), Hospital HOME na Asa Sul, Hospital Prontonorte na Asa Norte, Hospital Santa Lúcia na Asa Sul, Hospital Santa Marta em Taguatinga Sul e Hospital São Francisco na Ceilândia. Enquanto a PMDF apenas o Hospital Maria Auxiliadora.

O novo comandante em seu currículo consta que é bacharel em Educação Física e com certeza sabe da importância da atividade física para o combate ao vírus, onde pesquisadores brasileiros constataram que pessoas fisicamente ativas costumam ser mais resistentes ao vírus; para esses pacientes, o índice de hospitalização chega a ser 34% menor. Cuidar deste problema deverá ser com certeza uma meta, assim como a depressão, isolamento e sedentarismo que podem causar obesidade e até mesmo diabetes na tropa.

Um bom líder precisa se adaptar as situações diversas e em tempo de pandemia isso é essencial, principalmente quando seus liderados estão na linha de frente e não têm a opção de realizar suas funções de maneira remota.

O líder precisa ter em mente que seus liderados estarão expostos ao vírus e pior ainda, que provavelmente muitos irão se contaminar e alguns poderão perder até mesmo a vida. (O problema é que isto tem acontecido todos os dias na PMDF).

A preocupação do líder não pode ser outra que não a saúde física e mental do seu grupo. Qualquer outro pensamento, qualquer outra prioridade que não seja essa é inadmissível! Interesse institucional, político, vaidade. Nada!

Ao que parece a empresa está entubada e respirando com ajuda de aparelho. Falta o ar. Falta a lucidez para continuar.

Contudo, a questão que mais preocupa é até quando o sistema irá funcionar. Até quando esses valorosos guerreiros e guerreiras conseguirão sustentar o mundo em suas costas.

Então, tirar a saúde da PMDF da UTI, hoje deve ser a grande prioridade.