“Se a Saúde do DF não está na UTI é devido ao legado do meu governo em investimentos”
Por: https://www.ipebrasilia.com.br/
O médico e ex-governador Agnelo Queiroz, em entrevista ao Conectado ao Poder, TV União, reforça que saúde do DF só não entrou em colapso devido aos investimentos por ele feitos quando governador
Sandro Gianelli, âncora do Programa Conectado ao Poder, transmitido pela TV União na noite desta terça-feira (28), questionou seu entrevistado, o ex-governador Agnelo Queiroz, o que ele diria ao candidato Agnelo Queiroz em 2010. Em resposta, o que eu posso dizer Sandro é que os investimentos na área de saúde que nós fizemos foram tão importantes que, se hoje o Distrito Federal está suportando e labutando na luta pelo combate do Coronavírus, é justamente pelas ações que fiz 5 anos atrás.
Contratamos mais de dezesseis mil servidores públicos da área de saúde por meio de concurso público. São esses heróis, contratados na minha gestão, que estão na linha de frente. Fizemos investimentos no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), que está entre os cinco melhores laboratórios do Brasil, se destacando como um dos melhores da América Latina em microbiologia, bacteriologia e virologia. Na minha gestão fizemos um investimento de trinta e cinco milhões de reais e com base nele estão sendo feitos os exames do Coronavírus e só estão sendo feitos devidos a esses investimentos.
Reformei todos os hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal. Na nossa gestão abrimos o Hospital da Criança, referência no País. Todas as UPAS do DF foram feitas por mim e deixei todas funcionando. Todas as Clínicas da Família que estão em funcionamento também foram feitas durante o meu governo. Também providenciamos a modernização dos equipamentos dos hospitais para realização de cirurgias.
“Foi um governo que fez investimentos muito grandes na expansão da atenção à saúde primária e da família, que conseguimos ampliar a cobertura”
Nos cinco anos que deixei o governo, não há dados de investimentos na área de saúde como o do nosso. Então esses investimentos que fiz nesse período foram necessários. Até a Fábrica Social que está fazendo máscara foi trabalho nosso.
“Meu governo mais que dobrou os leitos de UTI sem haver pandemia e esses mesmos leitos de UTI ainda são superiores aos leitos que estão sendo feitos”
Veja que eu dobrei o número de UTIs. Só como exemplo quando assumi o governo, o número de UTIs eram de 207 leitos e deixei 437. São esses leitos de UTI que estão hoje no sistema de saúde para suportar essa pandemia.
Em Santa Maria na minha gestão havia 120 leitos de UTI. O governo que me sucedeu reduziu 60 leitos e o governo atual, que precisa aumentar, está voltando a 120 leitos de UTI. Esses leitos já eram insuficientes na minha época para atender a demanda de cardiologia, doenças torácicas, tratamento de câncer etc. Em um momento de pandemia tem a mesma quantidade que deixei.
Os investimentos na saúde feitos na minha gestão, sei que salvaram vidas, lógico que ainda é necessário fazer mais leitos de UTIs, leitos de retaguarda, utilizar o hospital que foi feito na minha época, hospital militar que está parado. Apesar de estarem sendo feitos mais leitos no Estádio é preciso aumentar o número de leitos de UTIs.
Quando assumi o governo nem éramos credenciados a fazer transplantes e deixamos o governo com o maior número de transplantes feitos no Brasil, proporcionalmente, Brasília tinha a maior média. Isso, graças a parceria espetacular com o Instituto Cardiológico que é outro grande sucesso do meu governo.
Muita gente me criticou na época pelos investimentos feitos na área de saúde do Distrito Federal. Me criticaram pela contratação dos dezesseis mil servidores públicos da área de saúde, agora imagine se não tivesse esses profissionais nesse momento de enfretamento à pandemia?
Ao todo foram trinta e dois mil servidores para todas as áreas como: educação, segurança pública e em especial a saúde pública, que passa por esse momento crítico. E são laboratórios, hospitais, UTIs e servidores que estão dando suporte ao combate à pandemia. São todos da nossa época de governo, sem falar nas cinquenta mil cirúrgias de catarata que fizemos com a Carreta da Visão e milhares de prevenções com a Carreta da Mulher.
“É esta base que está sustentando hoje o Distrito Federal ao combate do COVID-19 e ela foi feita na minha gestão. Tenho muito orgulho disso e ninguém pode negar os investimentos feitos pela minha gestão na área de saúde do Distrito Federal”
Posso dizer que o maior legado deixado pela minha gestão foi o combate à desigualdade, este foi o período de menor desemprego da média histórica. O único em que o Índice de Gini registrou a redução da desigualdade social. Disso tenho maior orgulho, a Fábrica Social foi a maior inclusão social pelo trabalho das mulheres catadoras do lixão da Estrutural, que trabalhavam de forma degradante e desumano e passaram a ter um trabalho digno. Lá recebiam um salário de até R$ 1.200,00. Único período que seiscentos e cinquenta mil alunos da rede pública de ensino receberam 2 camisetas e 1 short de uniforme.
Gianelli questiona Agnelo Queiroz sobre as alegações do ex-governador Rodrigo Rollemberg de ter deixado gastos que o governo não tinha condição de honrar. O Senhor entende que o seu governo errou nesses gastos ou o que houve foi má vontade por parte de Rollemberg em não seguir planejamento anteriormente aprovado pela Câmara Legislativa?
Agnelo finaliza questionando Rollemberg por nunca ter mostrado se quer um documento que comprovasse qualquer rompo no orçamento do DF. “Durante as acusações que Rollemberg me imputava o deputado distrital Chico Vigilante mostrava o SIGO, que eram as contas do governo pra quem quiser ver todos os dias – que os deputados tem a senha e tem a conta aberta e nunca mostrou”.
Como nunca teve projeto nenhum ele fez a opção de dizer que era culpa do governo anterior, mas acontece que isso aconteceu no Brasil inteiro, a crise e uma recessão brutal que teve em 2014 e 2015. Todos os Estados passaram por dificuldades e não foi porque o outro governo deixou – eu fui governador apenas do DF – todo o Brasil passou pela mesma realidade.
Quando ele (Rollemberg) precisou e não tomou nenhuma atitude pra aquecer a economia, gerar emprego, renda, aumentar arrecadação, não fez nada disso, apenas ficou culpando o governo anterior. Quando precisou pagar os servidores usou o dinheiro do IPREV, que havia deixado mais de 5 bilhões na conta do Instituto e Rollemberg utilizou até para fazer a complementação – muito longe da minha gestão de ter deixado rompo nas contas públicas deixei foi Superavit, recursos utilizados por Rollemberg e agora pelo atual governo. Veja que não há fundamento algum quando você pega um período de crise brutal como peguei em 2010, lembra que Brasília teve 4 governadores?
“Quando assumi em 2011 não fiquei culpando outros governadores, fui trabalhar, buscar recursos. Não coloquei a culpa na Caixa de Pandora, simplesmente fui em frente, precisava cuidar da cidade”
Em 4 anos buscamos dezesseis bilhões para obras e demais ações foram realizadas na nossa gestão, mais de 5 mil obras em todo DF. Maiores investimentos em Educação, em Saúde na Criança e Adolescente.