O Grande Suspense: Daniel Donizet na Berlinda e as Mulheres no Palco Principal
A segunda-feira promete, ou os colegas irão passar a mão como se passa em um tão famoso caramelo
Em 28 de agosto de 2025 – Redação
Segunda-feira promete ser animada na CLDF. Não, não é show sertanejo, nem inauguração de obra fantasma. É o julgamento do pedido de suspensão do deputado Daniel Donizet (MDB), aquele que sempre gostou de posar como defensor dos animais, mas que agora parece precisar de uma boa coleira política para não fugir do plenário.
Enquanto Donizet ensaia seu melhor discurso de vítima, quem brilha no holofote é a deputada Paula Belmonte. A nova presidente da Procuradoria da Mulher resolveu mostrar que o cargo não é apenas título bonito para currículo. Ela tem colocado a cara no sol, sem medo de incomodar os colegas que achavam que “procuradoria” servia só para tomar café e tirar foto em datas comemorativas, e não em defender verdadeiramente as mulheres como está fazendo Paula Belmonte.
Belmonte, com aquele ar de quem não deve nada a ninguém, apenas as mulheres, transforma a novela em vida real: enquanto um deputado tenta se segurar na cadeira, ela aparece como a voz de quem diz — com todas as letras — que a Casa não pode continuar sendo o clube da impunidade, precisa responder aos questionamentos e fatos.
A cena promete: deputados que até ontem subiam no palanque da “moral e dos bons costumes” terão que decidir se encaram o pepino de frente ou se fingem que não viram nada. Spoiler: vai chover discurso vazio com cara de indignação ensaiada.
Donizet, por sua vez, que sempre adorou microfone, agora deve sentir na pele que holofote também queima. Quem sabe descobre que não existe ração especial para ego político em crise e não bastará aparecer em selfie ao lado de cachorro abandonado, agora precisa encontrar alguém disposto a posar ao lado dele nesse enredo nada fofo..

E se o plenário virar um ringue de egos (como sempre vira), Paula Belmonte já ganhou: transformou um caso de corredor em palco de protagonismo com vitória para as mulheres, onde deixamos de ver outras mulheres que querem até mesmo governar o Distrito Federal se calar aos fatos Donizet. Afinal, no zoológico político do DF, uns roem a corda, outros puxam a coleira — e Paula preferiu segurar o chicote.