Grupo de candidatos à deputado distritais se reúnem e negociam dois partidos
Alerta de Transbordo no nicho: Os ex-candidatos do DF que não acham seus “Agasalhos” Partidários Ideais
Em 30 de outubro de 2025 – Redação
Se a política do Distrito Federal fosse uma loja de departamentos, os ex-candidatos a distritais seriam a seção de “achados e perdidos” na liquidação pós-eleição. Um grupo seleto, que foi à guerra eleitoral mas não conseguiu a farda do mandato, está em uma frenética reunião para, na linguagem diplomática da política, encontrar dois partidos que os “agasalhem”.
Trata-se de uma verdadeira “dança das cadeiras” onde a música é a melodia do Fundo Partidário e o prêmio é um CNPJ para chamarem de seus.
A Terapia de Grupo dos Órfãos Partidários
Nomes como Raad Massouh, Tabanez, Dr. Gutemberg, Professor Jordenes, Claudeci Luart, ST Geraldo Alves, Daniel Radar e Rogério Ulisses estão à mesa. E o que eles trazem, além de uma pilha de santinhos não utilizados, são as experiências de suas vidas profissionais, prontas para serem vendidas ao próximo comprador, nada definido ainda e o nicho pode se abrir com outros nomes.
O sarcasmo é inevitável quando observamos a diversidade de “nichos” que agora buscam um “teto ideológico”:
Raad Mansouh
Nome conhecido dos embates políticos, Raad Mansouh tem a oratória de quem já enfrentou plenários e sabe que, no jogo do poder, silêncio também é discurso. Não se ilude com alianças passageiras nem com sorrisos de ocasião — aprendeu que, na política, a faca e o abraço às vezes vêm da mesma mão. Experiente, evita o palco da encenação e prefere a arena das ideias. Agora, busca um partido que entenda que lealdade não se negocia em troca de cargo e que coerência não é luxo — é identidade.
O Vendedor de Sapatos: Claudeci Luart
Experiente na política e acostumado a contornar obstáculos que parecem intransponíveis, Claudeci Luart sabe que estratégia é mais eficaz que retórica vazia. Não se impressiona com palanques nem com holofotes — prefere a ação concreta, onde resultados falam mais alto que slogans. Observador, evita alianças superficiais e procura partidos que valorizem consistência, transparência e compromisso real com o eleitor. Para ele, prometer sem cumprir é desperdício de tempo e paciência.
Dr. Gutemberg – Médico

Médico de formação e político por vocação, Dr. Gutemberg aprendeu cedo que cuidar de gente é mais complexo do que prescrever receita. Nos corredores da política, aplica o mesmo raciocínio clínico: diagnostica rápido e não tem medo de apontar o problema — mesmo que o “paciente” não goste do prognóstico. Experiente, evita prometer cura milagrosa. Prefere o tratamento contínuo, aquele que dá resultado com trabalho e não com discurso. Agora, busca um partido que não tenha alergia a coerência e que entenda que ética não é remédio — é base.
O Policial e Empresário: Tabanez

Veterano de campanhas e conversas de bastidor, Tabanez conhece o jogo político como quem já leu o manual e sabe onde estão as páginas arrancadas. Não se deslumbra com holofotes — prefere o bastidor, onde as promessas se testam e as máscaras caem. Pragmatismo é seu lema: discurso bonito sem estratégia, para ele, é fogos de artifício em dia de chuva. Agora, busca um partido que não viva de slogans, mas de resultados — e que entenda que coerência ainda é uma forma de coragem.
O Professor Jordenes
Acostumado a ensinar, mas também a aprender com o cotidiano, Professor Jordenes entrou na política como quem leva o quadro e o giz para a arena pública. Fala com didatismo, mas pensa com estratégia. Não suporta o improviso travestido de planejamento — nem a demagogia de quem promete escola de primeiro mundo com orçamento de recreio. Crítico por natureza, busca um partido que respeite a educação não só no discurso, mas na prática. Porque, para ele, prometer futuro sem valorizar o professor é a mais velha cola da política.
Rogério Ulysses: Professor e líder comunitário

Veterano das disputas políticas, Rogério Ulysses conhece o sobe e desce do poder como quem já andou por todos os andares. Não se impressiona com tapete vermelho nem se assusta com chão frio — sabe que prestígio, em Brasília, tem prazo de validade. Fala o que pensa, doa a quem doer, e carrega no discurso a experiência de quem já viu muita promessa evaporar no calor da conveniência. Agora, busca um partido que valorize trajetória, não conveniência; coerência, não convenções.
O Policial Militar: ST Geraldo.
Um policial militar acostumado à hierarquia. Para ele, disciplina não é farda, é filosofia. Na política, porém, o militar percebeu que as “ordens” mudam conforme o vento — e nem sempre quem manda tem comando. ST Geraldo encara essa nova missão com o olhar de quem já viu muita tropa se perder por falta de liderança. Busca um partido que tenha menos caciques e mais coerência, onde a palavra dada ainda valha mais que a promessa de palanque.
O Técnico em Segurança: Daniel Radar

Acostumado a lidar com crises e resolver problemas antes que virem incêndio, Radar encara a política como um novo campo de operação. Não é de discurso decorado — prefere o improviso firme de quem já esteve na linha de frente. Agora, busca um partido que não o faça apertar “start” para promessas vazias, mas sim para resultados reais.
Wilson Amigão
Habituado a unir, acalmar e costurar soluções no meio do caos, Wilson Amigão leva o nome e o jeito no diminutivo, mas o estilo é de quem joga grande. Não fala para agradar — fala para resolver. Vê a política como um campo onde empatia é tão estratégica quanto articulação. Agora, procura um partido que valorize menos os tapinhas nas costas e mais os compromissos de verdade, daqueles que se cumprem mesmo sem plateia.
A Escolha dos “Agasalhos”
No fim das contas, a reunião será menos sobre princípios e mais sobre a pragmatismo do pão-e-circo. Os partidos ideais precisam serem grandes o suficiente para abrigar seus egos em busca de poder, mas não tão grande a ponto de afogar suas candidaturas.
O resultado dessa busca pelos “Agasalhos Perfeitos” não mudará o mundo, mas certamente garantirá que esses notáveis permaneçam aquecidos e visíveis até que possam, mais uma vez, pedir o nosso voto, vestindo as cores do próximo time que lhes pagarem o aluguel.
Fiquemos de olho, porque a dança dos órfãos está apenas começando, e a única coisa garantida é o nosso papel de telespectadores pagantes, porém uma coisa nesse grupo é certa, deles sairão dois,três ou até quatro deputados distritais.

