Estradas rurais esburacadas são recuperadas em Ceilândia
POR: HÉDIO FERREIRA JÚNIOR, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Melhorias em vias vicinais de acesso à BR-070 e à DF-070 se intensificam em maio com a estiagem das chuvas
Os desgastes causados pelas chuvas nas estradas rurais de Ceilândia começam a ser recuperados no período de estiagem. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da administração regional, intensifica em maio os trabalhos de patrolamento – que é o processo de abertura de estrada com uso de patrol – de vias vicinais no Incra 9 e no Núcleo Rural Monjolinho.
Em 18,5 quilômetros de cinco estradas vicinais do Incra 09, Gleba 4 (próximo ao condomínio Vista Bela), foram feitas a raspagem e o nivelamento do solo, além do alargamento das vias de acesso à BR-070 e à DF-180. A recuperação desses trajetos dá segurança a centenas de moradores e a dezenas de produtores rurais que sofrem prejuízos no escoamento de ovos, animais, frutas e legumes.
A Administração Regional de Ceilândia tem usado nas obras uma máquina motoniveladora (patrol) e um caminhão-pipa. Cinco operários envolvidos na condução desse maquinário. A equipe faz o que é chamado de corte nas bordas das vias, preenchendo as crateras e buracos formados pelo trânsito de veículos, caminhões e caminhonetes com o próprio material da estrada. Em pontos de maior necessidade, um material externo é usado no preenchimento.
Presidente da Associação dos Produtores Rurais e Moradores da Gleba 4, Reserva A, Raimundo Nonato Pires do Carmo cria galinhas e peixes. Ele informa que muitos agricultores perdem produtos no transporte comprometido de vias esburacadas. “Transitar em estradas sem buracos é um alento ao esforço dos nossos produtores.”
Monjolinho
Nesta semana, a equipe do GDF iniciou os trabalhos de tratamento de 2,6 quilômetros das estradas de terra do Núcleo Rural Monjolinho – nos acessos ao acampamento da Igreja Ebenézer, à BR-180 e às chácaras da região. A recuperação também beneficiará produtores e moradores, principalmente no acesso das crianças à escola na área rural.
Por lá, a produção de gado e hortaliças é mais intensa. Morador da região, Leandro Rodrigues dos Santos, de 39 anos, é técnico de segurança do trabalho, e transita pelas estradas diariamente. Com tantos buracos abertos nos períodos de chuva, os problemas e prejuízos, segundo ele, são constantes – tanto no desgaste da suspensão e dos amortecedores dos veículos quanto nos produtos transportados para revenda em feiras e mercados.
“Para a gente é uma mão na roda. Facilita nosso trabalho e trânsito de pessoas. Só de estarem arrumando já é uma facilidade”, diz ele, lembrando que por lá também há empresas de pré-moldados. “A atual gestão está olhando mais pela gente. Antes ‘penávamos’, ficávamos muito tempo à espera.”