ENTREVISTA: Deputado Distrital Leandro Grass – REDE

Em 06 de Agosto de 2020 – Redação

Silvio Abdon – CLDF

Blog do Candango: Deputado Leandro Grass, como o senhor avalia até agora o seu mandato na CLDF?

Deputado Leandro Grass – Um mandato trabalhador. Dou o meu máximo. Já cumpri quase todos os meus compromissos de campanha, aprovei leis importantes, esou um dos deputados que mais fiscaliza o governo. Não tenho cargos no GDF e exerço meu trabalho com independência. Visitei quase 100 escolas, os hospitais regionais, UPAS e Unidades de Saúde. Denunciei irregularidades, crimes ambientais e contratos suspeitos. Destinei mais de R$12 milhões para as escolas públicas do DF. Apresentei pedidos de auditoria no sistema de bilhetagem do transporte público e no Hospital de Ceilândia. Radicalizei na participação social e na transparência. Abri mão da verba indenizatória, reduzi minha verba de gabinete e tenho defendido uma Câmara mais sintonizada com a realidade da nossa população. Venho fazendo o que os cidadãos esperam de um político: muito trabalho.

Blog do Candango: Quais foram as suas leis até agora aprovadas, e qual o ganho o senhor avalia delas para a sociedade do DF?

Deputado Leandro Grass – Ao todo, já aprovei 12 projetos na CLDF. Destaco a que garantiu o carro exclusivo para mulheres no BRT, gerando mais conforto e protegendo as passageiras do assédio sexual. Também a lei que estabelece a instalação de fraldários unissex nos estabelecimentos comerciais; a que garante a obrigatoriedade de acompanhantes nos leitos de UTI; a que muda o material das sacolas de plástico para material biodegradável; a lei de preservação do cerrado e outras que mudam para melhor a vida da população.

Blog do Candango: Tem um Projeto de autoria do senhor que veda a concessão de incentivos, doações, empréstimos de entidades a empresas cujos os sócios doaram acima de uma certa porcentagem do capital social para candidatos, coligações e/ou partidos; bem como outro que proíbe a contratação pelos poderes do DF de empresas cujos proprietários sejam parlamentares ou parentes. Explique o porque desses projetos e o senhor avalia que ambos têm chances de aprovações?

Deputado Leandro Grass – Infelizmente, nosso país tem um histórico muito problemático de envolvimento entre interesse público e privado. Precisamos frear o peso do poder econômico nas decisões políticas. O primeiro projeto busca reduzir a possibilidade de defesa dos interesses privados no exercício de mandatos que precisam trabalhar pela população como um todo. Já o segundo, visa inibir o que chamamos de “nepotismo jurídico”. Servir na vida pública e ao mesmo tempo dedicar-se aos negócios que envolvem transferência de dinheiro público representa um risco para a impessoalidade na administração pública. Há dezenas de casos de agentes públicos que usaram seus cargos e seu poder para beneficiar suas próprias empresas ou de suas famílias. Isso precisa acabar.

CLDF

Blog do Candango:  O senhor é titular das comissões de Assuntos Sociais; de Defesa dos Direitos Humanos, cidadania, ética e decoro; e de Fiscalização, Governança, Transparência e controle. Como avalia seu trabalho e atuação perante estas comissões na CLDF?

Deputado Leandro Grass – Procurei ser muito criterioso nos pareceres aos projetos de lei que relatei, sempre buscando melhorar as propostas. Na CAS, destaco os importantes projetos para garantir os direitos das pessoas com deficiência, de incentivo ao esporte lazer e proteção das crianças. A CDH tem sido uma comissão muito importante, com debates e fiscalizações sobre violações que acontecem no DF, especialmente na área da Saúde. Na Comissão de Fiscalização, realizamos audiências que cobraram explicações sobre os problemas na assistência social e na saúde pública. No entanto, creio que podemos avançar mais nas ações e fiscalização do governo.

Blog do Candango: O partido do senhor REDE SUSTENTABILIDADE tem 07 pilares que são: econômica, social, ambiental, cultural, ética, política e estética. Dentro da Plataforma de ação política do partido o senhor acha que tem desempenhado as bandeiras do REDE?

Deputado Leandro Grass – Sim. Tenho uma relação muito saudável e colaborativa com o partido. Os filiados têm contribuído diretamente nas minhas ações. Desenvolvemos projetos conjuntos, dialogamos sobre os temas da cidade e estamos formando novas lideranças políticas para servirem a população do DF. Em breve, daremos início à construção de um programa para a cidade, feito em parceria com especialistas e com muita participação popular.

Blog do Candango: Como vê o futuro do DF após essa pandemia e o que pode contribuir para melhorar?

Deputado Leandro Grass – As milhares de vidas perdidas farão muita falta. Eram amigos, pais, mães, filhos e irmãos, trabalhadores que contribuíam com a cidade. Não temos como calcular o valor disso. O GDF começou bem o tratamento da crise, mas se perdeu. Se houvesse mais competência e responsabilidade, os prejuízos seriam menores. A desigualdade aumentou. Há mais pessoas em condição de extrema pobreza. Aumentou a violência e a vulnerabilidade. Por isso, a recuperação da crise exigirá planejamento e profissionalismo. Precisaremos repensar os impostos, de forma a cobrar menos dos que ganham pouco e cobrar mais do que ganham muito. Os governos devem ser mobilizadores, desenvolvendo parcerias com o terceiro setor e a iniciativa privada. Precisaremos de mais zelo e investimento em educação, de forma a qualificar a mão de obra e diversificar nossa economia para gerar empregos. Definitivamente, precisamos priorizar a atenção primária em saúde, ampliando o Programa Saúde da Família e as unidades básicas. Em resumo, precisaremos de um projeto para a cidade e o país. Não podemos mais continuar na mão de aventureiros e governantes sem compromisso com o povo.

Internet

Blog do Candango: Defina o Deputado Leandro Grass até a presente entrevista aos olhos daqueles que depositaram a sua esperança no voto a sua pessoa?

Deputado Leandro Grass – Um deputado que honra seus compromissos, presta contas do seu trabalho, está ao lado dos necessitados, é transparente e se dedica a recuperar a esperança das pessoas na política.