Crônica de um Calote Federal: o dia em que a picanha virou caso de polícia

Em 22 de maio de 2025 – Redação

Brasília nunca decepciona! No capítulo mais recente da série “Servidores em Surto”, temos como protagonista o agente da Polícia Federal Eduardo Tavares Mendes Júnior, também conhecido como “o justiceiro da picanha”. O cidadão, que ocupa nada menos que a presidência da Associação dos Servidores da PF em Alagoas (ANSEF/AL), resolveu mostrar que além de autoridade, também tem paladar refinado e memória seletiva.

Tudo começou quando Eduardo, acompanhado de um amigo de fé, irmão camarada, resolveu molhar as palavras com 16 chopps (isso mesmo, DEZESSEIS) e abrir o apetite com umas carnes. Até aí, cena comum de happy hour. Só que, depois que o parceiro foi embora — provavelmente com o fígado implorando por misericórdia — nosso herói decidiu abrir uma nova conta e seguir a saga etílica sozinho. Resultado? Mais 7 chopps (sendo dois no happy hour, que é quando o álcool “não conta”) e uma porção de picanha suculenta. Total da aventura: R$ 178,42.

Mas aí veio o plot twist. Ao ver a conta, Eduardo teve uma crise existencial e mandou aquele clássico brasileiro:
“Não vou pagar. Sou PF!”
Claro! Porque todo bar decente deveria ter uma placa avisando: “Aqui, agentes federais bebem de graça!”

Na sequência, como todo cidadão alterado que acha que é a lei, ele se recusou a se identificar decentemente, mostrou o crachá de longe (como quem exibe álbum de figurinhas) e decidiu que ser revistado era opcional, já que, segundo ele, bastava sua palavra de que não estava armado. Porque se tem uma coisa que sempre funciona com policiais, é dizer: “confia em mim.”

O clima esquentou e Eduardo acabou algemado, mas não sem antes soltar frases de efeito dignas de novela das 9:
“Eu sou PF e isso não vai ficar assim!”
“Meu pai é procurador-geral de Justiça e vai retaliar vocês!”

O script só melhorava. Já na cela, ele recusou-se a ser interrogado, a dar telefone de algum parente e, claro, não assinou nada, mantendo a tradição do “não reconheço este processo como legítimo”.

Enquanto isso, a Superintendência da PF no DF foi informada e… ficou só observando, como quem vê um circo pegar fogo e pensa: “pelo menos hoje não sou eu”.

Resumo da ópera:
Eduardo Tavares foi autuado por:

  • Fraude

  • Ameaça

  • Desacato

  • Desobediência

  • Recusa de fornecimento de dados

  • Coação no curso do processo

Ou seja, saiu da mesa do bar direto para a delegacia com um combo de crimes digno de promoção da Black Friday.

A ANSEF/AL, presidida pelo próprio Eduardo (pois claro, ele é o chefe dele mesmo), ainda não comentou o caso. Mas o espaço segue aberto caso queiram mandar uma nota ou um cupom de desconto na próxima rodada.

Moral da história?
Se beber, não esqueça da carteira. Nem da vergonha na cara.

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