Brasília ficou de recuperação no ENEM 2024
Só duas escolas da capital entraram no ranking nacional — o resto parece que confundiu simulado com realidade
Publicado em: 11 de julho de 2025
Por: Redação – Luciano Lucas
Enquanto algumas cidades brasileiras comemoram o desempenho no ENEM 2024 como quem passou em Medicina na USP, Brasília… bem, Brasília ficou na recuperação. No ranking das 50 melhores escolas do país, divulgado esta semana, apenas duas instituições do DF conseguiram garantir uma vaguinha na elite. Duas. Contando nos dedos. E ainda sobrou dedo.
As felizes (e suadas) exceções foram os colégios Pódion e Olimpo, que devem estar agora preparando faixa, confete e café com bolo para os professores. Já o resto do Distrito Federal? Ficou como aluno que colou e ainda errou: só assistindo os outros subirem no pódio.
🏫 O ranking: quem passou direto e quem ficou de recuperação
A lista divulgada traz um cenário quase unânime: das 50 escolas com melhor desempenho no ENEM 2024, 47 são particulares e 3 são públicas — todas federais. O ensino público estadual e distrital? Nem sinal. Brasília, que adora um discurso sobre qualidade na educação, não conseguiu emplacar sequer uma escola pública no top nacional.
Enquanto isso, Fortaleza dominou o ranking como aquele aluno nerd que estuda nas férias. São Paulo, Teresina e BH também fizeram bonito. Brasília… levou falta. E olha que por aqui a gente entende de prova, edital e “conhecimento específico”.
📉 Brasília até tentou…
O Colégio Galois, sempre bem colocado nos rankings locais, ficou fora do top 50 nacional — o que, convenhamos, é o equivalente educacional de bater na trave. Já escolas como o Colégio Militar de Brasília, embora com boas médias, também não conseguiram destaque suficiente para subir no telhado da elite nacional.
Se fosse ENEM de “articulação política”, “jogo regimental” ou “adiamento estratégico”, talvez o desempenho fosse outro. Mas a prova exigia mesmo era nota alta em matemática, ciências e uma redação que não começasse com “Desde os primórdios da humanidade…”.
📚 O que isso diz sobre nós?
Diz que talvez seja hora de parar de usar a educação como slogan e começar a tratá-la como prioridade real. Com professores valorizados, estrutura decente e menos palanque, quem sabe Brasília não emplaca mais nomes no ranking em 2025?
Por enquanto, seguimos com dois representantes no top 50 — o que não é trágico, mas também não é motivo de fogos. É tipo aquele aluno que passou raspando: foi aprovado, mas só não foi reprovado por falta de tempo pra corrigir a última prova.
✏️ Moral da história?
Se Brasília quer liderar mais que CPI e projeto polêmico, talvez precise estudar um pouco mais no próximo ano.
Porque, convenhamos: de capital do país, espera-se mais que só decorar a Constituição.