O Encontro do Clube do Bolinha: Administradores do DF celebram a “Diversidade” de Gênero
A foto diz mais que mil palavras
Em 05 de dezembro de 2025 – Redação
Por um Observador Distante (e Cansado)
Brasília, DF — O que seria um encontro de trabalho do mais alto escalão para discutir o futuro das Regiões Administrativas do Distrito Federal rapidamente se transformou em uma reunião de confraria de terno e gravata… e algumas camisas polo.
Uma fotografia recente, tirada durante um almoço ou evento com o governador Ibaneis Rocha, circulou e, digamos, brilhou pela sua composição. Contamos ali, em meio a uma vasta e imponente muralha de testosterona e cabelos grisalhos, a presença majestosa de quatro mulheres. Apenas quatro.
Quatro guerreiras, quatro ilhas em um oceano de Administradores Regionais — que, vale lembrar, são 35 no total.
A imagem é um retrato fiel de como a máquina pública, pelo menos nesse andar da gestão, abraça com entusiasmo a paridade de gênero. Se a meta era alcançar 10% de representatividade feminina nesse círculo, podemos dizer que o sucesso foi estrondoso. Acredite, quatro é muito mais que zero!
“Estamos construindo um governo moderno e plural,” diria qualquer assessor de imprensa em um comunicado oficial. E, de fato, a pluralidade está ali: temos diversidade de camisas xadrez, de óculos de aro e de tipos de barba por fazer. É um espetáculo de variedade… masculina.
Enquanto isso, em algum universo paralelo onde a população do DF é composta por cerca de 52% de mulheres, a mensagem que fica é clara: para administrar a cidade, é fundamental ter a experiência de vida e a perspectiva… masculina.
Afinal, quem precisa de uma visão feminina sobre transporte público, creches ou segurança comunitária, quando se pode ter mais um punhado de homens para debater as mesmas questões?
Fica o nosso sincero parabéns pela coesão visual e pelo empenho em manter viva a tradição da masculinidade administrativa do DF. Um verdadeiro show de “equilíbrio” no serviço público. E olha que a atual situação pensa apoia uma mulher para comandar o DF. Será que o DF precisa de uma mulher que olhe realmente para as mulheres.


