A Crônica Política de São Sebastião: Trocar Seis por Meia Dúzia, Mas com Estilo e Trabalho
O GDF e o Fenômeno das Enchentes: O Manual da Linguagem Vazia, onde um Rogério deixa a deseja e outro tem trabalho para mostrar
Em 05 de dezembro de 2025 – Redação
Senhoras e senhores eleitores de São Sebastião, preparem-se para a saga política mais emocionante da história recente! Aquela onde o roteiro é exatamente o mesmo, mas a plateia insiste em pagar o ingresso na esperança de um final diferente. O cenário? As ruas alagadas, que parecem ter se transformado em Veneza, só que sem gôndolas e com muito mais lama.
O dilema atual é de uma delicadeza sarcástica: A cidade precisa de soluções para as enchentes, mas o que está em jogo é, na verdade, a esperança em se trocar de um nome.
☔ Rogério Morro da Cruz: O Mestre da Mímica
Nosso atual e operante deputado distrital, Rogério Morro da Cruz, é um verdadeiro artista. Ele aperfeiçoou a técnica do “Eu Prometi, Mas a Culpa Não é Minha”.
Em seu espetáculo diário, ele domina a arte da cobrança performática. Na Câmara Legislativa, ele se transforma no Leão da Tribuna, rugindo contra o GDF, exigindo obras, destinando emendas e parecendo genuinamente ultrajado com a situação da cidade. É um show de indignação que merecia um Oscar na categoria “Melhor Ator em Papel de Fiscal”.
O truque de mágica: Assim que a sessão termina e a poeira baixa, a indignação evaporou. Quando chega a hora de votar os projetos do governo, Morro da Cruz se transforma na Ovelha Cordial, votando exatamente como o Executivo deseja. É a famosa estratégia de “Bate e Assopra” (ou melhor, “Grita na Tribuna e Obedece na Votação”). Ele consegue manter a pose de opositor ferrenho para o povo enquanto se mantém na base aliada para o governo. É preciso ter talento para essa dupla jornada!
Enquanto isso, a população de São Sebastião fica na dúvida: ele é o nosso advogado ou o fantoche bem vestido? A única coisa certa é que a água continua subindo, e as promessas, bem, essas também se dissolvem.
🔄 Rogério Ulysses: A Nostalgia com Esperança do Retorno
Diante da performance circense do atual mandatário, surge a ideia genial e profundamente irônica: por que não trocar de Rogério? Mas, claro, sem sair da grife.
A sugestão que paira no ar é resgatar o ex-deputado Rogério Ulysses. O raciocínio é de uma clareza cristalina para os eleitores que amam um déjà vu:
“Se o Rogério atual não resolve, e se a gente colocar o Rogério passado? Afinal, se o problema é ter um Rogério que faz promessas e não entrega, talvez um Rogério com experiência em promessas cumpridas possa ser a solução! É a certeza de que a ineficiência, no mínimo, virá com um sabor familiar do dever cumprido.”
O povo de São Sebastião está diante de uma prova de QI eleitoral: A saída para um mandato questionável é realmente voltar a uma figura que já teve sua chance no passado e que me desculpe os contrários – Ele entregou?
💡 A Lição Irônica
Se a população de São Sebastião fosse realmente “inteligente”, como sugere nosso observador perspicaz, eles fariam o movimento mais lógico (e mais divertido): trocar de Rogério.
Afinal, se a política se resume a um ciclo de promessas não cumpridas, cobranças falsas e obediência cega ao governo, o mínimo que se pode exigir é a variedade no ator principal.
Votar em Ulysses seria um ato de pura esperança nostálgica, a crença de que, talvez, o próximo Rogério, ao fazer exatamente a mesma coisa, o fará com um charme ligeiramente diferente, cobrando e entregando. É o eterno retorno do mesmo, embalado em um novo — ou melhor, antigo — papel de presente. E a água continua subindo, cuidado população para não errar de novo e afogar…


