O Teatro Político do DF: MDB, PP, Republicanos… e o PL de Figurante de Luxo
No DF, a política parece novela: alianças, vices, Ibaneis no Senado e Michelle de título novo. O PL? Figurante de luxo na plateia
Em 17 de setembro de 2025 – Redação
Brasília, sempre ela, segue nos brindando com mais um espetáculo político digno de aplausos — ou vaias, dependendo da poltrona em que você está sentado. Nos últimos dias, o roteiro para 2026 começou a ficar mais claro: Ibaneis Rocha (MDB) já anunciou sua candidatura ao Senado, Celina Leão (PP/União) será a cabeça de chapa para o Governo do Distrito Federal, e o Republicanos — sempre ágil quando sente cheiro de poder — filiou o atual secretário Gustavo Rocha, já apontado como o vice na chapa.
Enquanto isso, o PL, maior partido de direita do Brasil, o partido que abriga Jair Messias Bolsonaro, segue parecendo aquele personagem de novela mexicana que jura ser o protagonista, mas está sempre na última página do script aqui no DF.
O baile das siglas: cada um com seu pedaço do bolo
De um lado, Ibaneis arruma as malas para o Senado. No centro, Celina veste o figurino de candidata ao Buriti. Na lateral, Gustavo Rocha — o recém-filiado do Republicanos — ganha a faixa de vice como quem chega atrasado na festa, mas já encontra a mesa do bolo montada e com o nome dele no topo.
E o PL? Bom, o PL…
Esse está ali, sorrindo para as fotos, posando com a faixa presidencial de Bolsonaro no peito e agora com Michelle Bolsonaro como nova eleitora do DF — título transferido e tudo — mas sem papel definido no enredo principal. No máximo, aparece como coadjuvante de luxo, aquele que todo mundo jura que “vai brilhar no próximo capítulo”, mas até agora só está segurando a claquete da gravação, bem, tem a segunda vaga ao Senado se ela topar e olhe lá.
Michelle, a segunda vaga do Senado e a esperança do PL
Nos corredores, há quem diga que a transferência de Michelle para o DF é uma jogada de mestre: ela poderia disputar uma cadeira no Senado, especialmente se a tão falada segunda vaga realmente sobrar nessa coligação. Mas, por enquanto, isso é mais rumor de bastidor do que capítulo confirmado.
Enquanto isso, PP, MDB e Republicanos seguem costurando a grande aliança. E o PL, que sonhava em ser protagonista com direito a trilha sonora própria, pode acabar mesmo é herdando um papel secundário nessa aliança, daqueles que só aparecem no cartaz do filme porque trouxeram o lanche para o elenco principal.
O eleitor, como sempre, na plateia
No fim, o eleitor de Brasília assiste a tudo com a paciência de quem já viu essa peça antes: alianças que parecem de ferro, promessas de renovação, sorrisos para as câmeras… e um enredo onde, no último ato, sempre aparece um personagem novo, muda tudo e deixa os coadjuvantes reclamando nos bastidores.
Por enquanto, MDB, PP e Republicanos dançam no centro do salão. O PL, coitado, ainda espera a sua vez — e torce para que a segunda temporada dessa novela tenha mais espaço no roteiro para o maior partido de direita do país.