Ibaneis não pode nem ouvir o poema: E agora José?
Em 11 de julho de 2022 – Redação
Publicado em 1942, o poema José de Carlos Drummond de Andrade, na coletânea Poesias, ilustra o sentimento de solidão e abandono do indivíduo na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar, pois bem, será que este não seja o sentimento dos cidadãos do Distrito Federal neste atual momento.
A capital da república, tem hoje o governador Ibaneis, capitaneado por diversos partidos apoiando sua reeleição, claro em troca de cargos e alguns sonhando em ter algum filiado seu escolhido para disputar o cargo de vice-governador, ou até mesmo o Senado na chapa do atual mandatário. Porém a sua espreita ameaçando seu mandato, aparecem hoje dois José, o primeiro que semana passada teve seus direitos políticos retomado, ou seja, JOSÉ Roberto Arruda, e o segundo o atual senador JOSÉ Reguffe. Arruda é do PL, partido do presidente Bolsonaro, que lidera as pesquisas no DF, e Reguffe do União Brasil, que detém o maior fundo eleitoral do país.
No poema, como nos dias atuais o governador Ibaneis, deve estar dizendo: E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? Isso se ele pensar nos números de sua rejeição, que não são baixos e tendo esses dois José campeões de votos no seu encalço, o poema pode virar: E agora, será a vez do José?
E o governador pode ficar como no poema: Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora? Mas você não morre, você é duro, José!
A eleição do DF, apenas estar começando….