GDF silencia diante de denúncias contra Daniel Donizet — Paula Belmonte cobra investigação

Em 05 de junho de 2025 – Redação

As denúncias contra o deputado distrital Daniel Donizet estão longe de ser um detalhe menor no cenário político do Distrito Federal. Mesmo assim, o Governo do DF parece mais empenhado em proteger o conforto dos seus aliados do que em demonstrar compromisso com a ética pública. O silêncio do GDF, em especial do governador Ibaneis Rocha, não surpreende. Mas o que choca — e decepciona — é a postura da vice-governadora Celina Leão, que, mesmo sendo mulher e ocupando o segundo cargo mais alto do Executivo local, opta por não se manifestar sobre o caso.

Celina, que costuma discursar sobre empoderamento feminino e protagonismo político, agora se cala diante de uma situação que exige exatamente isso: protagonismo e coragem. O silêncio, nesse contexto, não é neutro — é um posicionamento. E, neste caso, soa como cumplicidade institucional.

Enquanto o Buriti fecha os olhos e Celina Leão se esconde atrás da conveniência política, quem ocupa de fato o papel de liderança é a deputada distrital Paula Belmonte. Como Procuradora Especial da Mulher na Câmara Legislativa, Paula rompeu o cerco do silêncio e exigiu o mínimo: uma investigação séria e transparente, ela contou ainda com o apoio da bancada feminina e do deputado Daniel de Castro até então.

“Não vou me calar diante de qualquer tentativa de silenciar ou minimizar denúncias que ferem os direitos das mulheres e a integridade do cargo público. É inadmissível que, em pleno 2025, ainda haja condescendência institucional diante de casos como este”, afirmou Belmonte.

O contraste é gritante. De um lado, um governo que parece disposto a varrer a sujeira para debaixo do tapete. De outro, uma parlamentar que entende o verdadeiro sentido da palavra “representatividade”.

O gesto de Paula expõe o constrangedor contraste entre o engajamento seletivo de certos setores do governo e a atuação de quem realmente entende o peso da função pública. Enquanto alguns seguem polindo o verniz de uma suposta estabilidade política, a população assiste ao teatro do silêncio — e, felizmente, também a vozes que se recusam a compactuar com ele.

A população do DF não precisa de autoridades que apenas ocupam cargos — precisa de lideranças que os honrem. E, nesse episódio, a ausência de posicionamento da vice-governadora fala mais alto do que qualquer discurso de empoderamento já feito.

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