Cartão PDAF: o aplicativo que custa caro, mas não funciona

App do PDAF: tão caro que dava para reformar escolas. Mas quem liga para escola nesse governo

Em 23 de setembro de 2025 – Redação

Na audiência pública que parecia mais um stand-up de humor involuntário, vieram à tona as denúncias de superfaturamento no aplicativo do Cartão do Programa de Descentralização Administrativa Financeira – PDAF. O sistema que deveria garantir transparência virou piada pronta: caro, ineficiente e suspeito.

A iniciativa da audiência partiu da deputada Paula Belmonte, que não poupou críticas. Em tom direto, parecia dizer como é que pode um aplicativo custar mais que a reforma de uma escola inteira e ainda dar problema na hora de usar?” A pergunta parece ter ficado no ar, sem resposta convincente do governo, é claro, ainda enfatizando Nós estamos falando de um corpo gestor que é para trazer educação, não para ser expert no que vai pedir”.

Diretores de escolas também não perderam a oportunidade de ironizar. Um deles resumiu:

“Se o aplicativo fosse bom, eu até usaria. Mas do jeito que está, prefiro a planilha de Excel, que pelo menos não trava.”

Os presentes aproveitaram para batizar a ferramenta: “Plano de Desvios e Altos Fundos”. Já os governistas, acuados, limitaram-se a dizer que “o governo está estudando melhorias”. Traduzindo: mais contratos, mais dinheiro, e, quem sabe, mais travamentos.

Enquanto isso, professores seguem sendo heróis, alunos sem material básico e escolas em condições precárias. Mas o aplicativo está lá, brilhando na vitrine do gasto público, como símbolo da criatividade governamental em transformar simples tecnologia em mina de ouro para alguns.

No fim da audiência, sobrou a sensação de que o PDAF virou mesmo um cartão premiado: premiados os fornecedores, azarado o contribuinte e a educação.

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