BRB quer comprar Banco Master, mas precisa antes “passar no caixa” da CLDF
Ibaneis Rocha corre contra o tempo para aprovar lei sob medida, atender ao MPDFT e não deixar o sonho do banco engavetado junto com outros negócios “quase fechados”
Em 15 de agosto de 2025 – Redação
O romance entre o BRB e o Banco Master anda intenso, mas falta aquele detalhe burocrático chato: autorização da Câmara Legislativa. Sim, porque no Distrito Federal até para comprar um banco precisa antes pedir bênção para deputado distrital — e, de preferência, com o aval do Ministério Público de testemunha.
O governador Ibaneis Rocha (MDB), que não é bobo, já mandou para a CLDF um projeto de lei em regime de urgência. A missão? Dar ao BRB o poder legal de comprar participações em instituições financeiras e empresas do ramo, inclusive fora do país. Ou seja, liberar o banco para brincar de Monopoly com dinheiro de verdade.
A pressa tem nome e sobrenome: MPDFT. Foi ele quem bateu na porta do Judiciário e disse: “Sem lei específica, nada feito”. A 7ª Turma Cível do TJDFT concordou e colocou o negócio no freezer até que os deputados deem o ok. Afinal, comprar 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Banco Master não é como comprar pão na padaria — precisa da assinatura de meia Brasília antes.
Segundo Ibaneis, é tudo para “dar legitimidade” e “aproveitar as condições favoráveis do mercado”. Traduzindo: assinar logo antes que apareça outro entrave jurídico, outro questionamento do MP ou outro banco mais barato para comprar.
Na próxima terça-feira, os líderes partidários vão discutir o projeto. Como a votação exige maioria simples, basta a base governista estar com o crachá em dia e a consciência levemente anestesiada. Se aprovado, o BRB poderá finalmente subir ao altar com o Banco Master, num casamento bancário que só começou porque o MP resolveu ser o padrinho mais rigoroso da história.
Até lá, seguimos no suspense: será que o Master vai virar do BRB ou vai continuar só um crush milionário não correspondido, vale lembrar que a deputada distrital Paula Belmonte que correu atrás de vê a coisa sendo feita da forma correta, o que é o correto né?