Homenagem ao “Dia do Coração Aquecido” lembra surgimento da Igreja Metodista
Foto: Rinaldo Morelli/CLDF
Em 24 de maio de 1738, em Londres, o fundador da Igreja Metodista, John Wesley, vivenciou uma forte experiência com Deus, a qual foi chamada de “coração aquecido”
A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou sessão solene nesta sexta-feira (20) em homenagem ao “Dia do Coração Aquecido”. A data, celebrada pelos metodistas em 24 de maio, marca o nascimento do metodismo. Atualmente, o Brasil abriga 1,4 mil igrejas dessa congregação e cerca de 300 mil seguidores.
À frente da celebração, o deputado João Cardoso (Avante) defendeu a importância da “evangelização” e da “união dos cristãos” em prol da sociedade em geral. Ele elogiou, também, a atuação social do movimento metodista.
“Embora a Igreja Metodista tenha mais de 150 anos no Brasil, aqui na nossa região, ela tem apenas seis anos de organização”, disse a bispa Hideide Brito, da 8ª região eclesiástica, a qual representa Goiás, Mato Grosso, Tocantins e o DF. A religiosa agradeceu a homenagem feita pela CLDF: “É um incentivo ao que temos feito e ao que temos a fazer, aumentando a nossa responsabilidade”.
A história da Igreja Metodista foi lembrada pelo pastor Levy Silvestre, da 8ª região eclesiástica. Segundo contou, em 24 de maio de 1738, em Londres, seu fundador John Wesley vivenciou uma forte experiência com Deus, a qual foi chamada de “coração aquecido”. “A partir de uma experiência de fé, ele foi movido em direção às fronteiras, além do próprio lugar de fala e de fé”, disse.
De acordo com o pastor, Wesley era clérigo da Igreja Anglicana, professor de grego e novo testamento em Oxford, e “abriu mão de tudo isso para iniciar uma caminhada de alteridade, de corpo a corpo, na relação com homens, mulheres e crianças que estavam nas fronteiras”.
Essa guinada na vida de Wesley, explicou Levy Silvestre, resultou da experiência do “coração aquecido”: “Ele era membro da elite dominante. Movido pelo coração aquecido, passou a fazer parte da vida do povo, instruía os simples, reivindicava direitos e justiça quando necessário”. E concluiu: “Precisamos hoje de experiências como a de Wesley, precisamos de corações aquecidos. Talvez esse seja o grande desafio”.
Outros representantes do movimento metodista também fizeram reflexões sobre o significado do “coração aquecido”. “Quando falamos disso, falamos de nosso impacto não só espiritual, mas social”, observou a pastora Luciana de Oliveira Dias. Já a presidenta da Federação de Mulheres da 8ª região eclesiástica, Magaly Nicolau, apontou: “Nosso lema é viver para servir’”.
Denise Caputo – Agência CLDFPrevious